terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Happy New Year

Não tem ninguém que eu conheça que ache que o ano demorou a passar, portanto temos que dizer que 2008 passou e passou voando. Parece que foi ontem que acompanhei com muito interesse as mudanças no clima quando ia chegando o fim de 2007. Aquela coisa diferente de ver pela primeira vez que o sol nascia cada vez mais próximo das 8AM mas às 4PM já estava ficando escuro de novo. Pois agora nem vi direito isso acontecer (foi natural), e o dia mais curto de 2008 até já passou (21/Dez).

Isso só demonstra a dinâmica do mundo atual. Se ontem nos interessamos em Análise Técnica e comemorávamos ganhos altos nas bolsas, hoje comemora-se caso algum país deixe de encolher economicamente. Mostra também que precisamos acompanhar o ritmo do mundo. Paciência é uma virtude importante mas se ficar paciente demais e caminhar lentamente, você descobrirá que na verdade foi lerdo. Se você pensava em estudar "alguma coisa" pra se atualizar e um dia trocar de emprego e isso ficou só no pensamento, agora você está atrasado e corre o risco de nem mesmo ter seu emprego atual.

Ainda assim cabe lembrar que o futuro está em nossas mãos. Ou pelo menos grande parte dele. Como diria aquele participante de O Aprendiz que demitiu o Roberto Justus: "Eu sou o presidente da minha vida". (risos)



Com ou sem recessão, o importante é manter o foco porque crises vão e vêm, problemas aparecem e são resolvidos mas independentemente do que as mães Dinah da imprensa econômica falam, o novo ano pode sim ser próspero. Depende de você!

Feliz 2009 !!!!!!!

PS: E vocês já repararam que esse será o último ano dessa década?! Como ficará marcada a "década de 2000"?


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quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Happy Christmas


“Eu costumava receber cartas... agora só recebo emails dizendo “Caro Noel, dê uma olhada no meu BLOG”

Happy Christmas! Que Father Christmas nos traga muitos presentes!

PS: Não, não esqueci como que é em inglês! Merry Christmas e Santa Claus é mais coisa de Americano mesmo. É... esse blog é cultura até no Natal! rsrs


http://en.wikipedia.org/wiki/Father_Christmas
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Devo não nego, pago na próxima geração

O governo britânico anunciou recentemente um forte aumento de gastos públicos pra conter a crise, incluindo corte de impostos. A oposição reclamou desesperadamente. A mídia e as pessoas se mostraram extremamente preocupadas com o futuro. Afinal, é muito simples: queda de impostos significa que o governo arrecada menos agora. Sendo assim, no futuro o governo precisará compensar isso, com aumento forte de impostos. Ou então, com redução de gastos em outras áreas do governo, o que não parece ser o caso no momento.

Isso me lembra que aqui existe uma visão muito clara de quem paga por qualquer gasto do governo somos nós, os contribuintes (taxpayers). Discute-se isso em cima de todo e qualquer anúncio do governo. Seja construir uma ponte, seja dar curso "gratuito" de inglês pra imigrantes, seja dar mais dinheiro para as famílias pobres (bolsa-família da vida), seja aumentar salário dos servidores... em todos os casos há sempre uma discussão imensa sobre o quanto isso é realmente necessário e quanto isso vai custar ao taxpayer.

Interessante...

Todo o mundo - literalmente - reclamou do governo britânico nessa. Gastar mais dinheiro durante uma crise, que seria momento de economizar? Muitos governos do mundo ridicularizando o primeiro-ministro Gordon Brown.
Mas hoje anunciaram que a Europa toda vai fazer o mesmo (leia aqui).

Muito interessante...

...porque tava todo o mundo dizendo que Gordon Brown era maluco, mas estando certo ou errado, o fato é que que realmente está liderando o mundo no momento. Enquanto o Bush baba na gravata como sempre e Obama não tem poder ainda.

Hoje o governo brasileiro fez basicamente a mesma coisa: redução de receita do governo por meio da diminuição de impostos (leia aqui). Estou de longe, mas até agora lendo nos jornais só vi gente comemorando que as pessoas e empresas vão pagar menos impostos. Ninguém até agora pensou que isso vai ter que ser compensado, ou com aumento de impostos no futuro ou com redução dos gastos do governo. Reduzir gastos o Lula não fez (distribuiu aumento de salário pro funcionalismo e outras coisas) e parece que não pretende fazer. Acho que o Brasileiro não tem mesmo mesma visão de que o contribuinte é o "dono" do governo.

Mais interessante ainda...

Em Setembro o Lula dizia que crise não afetaria o Brasil e que era só marola. Em Outubro estava evidente que a crise afeta o Brasil, mas ele disse que NUNCA faria pacote contra a crise (leia aqui). Ora bolas! As medidas conjuntas de hoje - 2 meses depois - de redução de vários impostos ao mesmo tempo (IOF, IPI, IRPF...) mais outras medidas que já vieram e virão (do governo e do BC) seria o que então, cara pálida? O mundo está fazendo o mesmo e chama de "pacote pra conter a crise".

Mais interessante de tudo...

Lula tem 70% de aprovação dos brasileiros. Oras, pra mim um líder que diz uma coisa um dia e se contradiz absurdamente no outro em um momento tão importante me dá motivos suficientes de não confiar em sua competência, e portanto não aprová-lo (ou no mínimo não endeusá-lo).

Ou será que não só não temos memória (pra lembrar do companheiro Dirceu e do mensalão) nem planejamento futuro (o conceito do "taxpayer"), como também não enxergamos nem o que acontece no presente?

A gente não pode deixar o medo de a oposição ser pior influenciar nosso conceito real de qualidade. Só porque antes éramos cachorro magrelo de rua passando frio e fome não significa que o mendigo bêbado, que nos deu um caixote pra dormir e migalhas de pão mofado pra comer, seja um excelente dono!

Até digo que a equipe do governo tem gente que sabe do que está falando. Mas Lula pra mim passa a mesma (falta de) confiança que o Bush. Com a diferença que ele pelo menos não arranja guerra do nada...

PS: Falando em guerra, esqueci de comentar no post anterior: reportagem no Rio de Janeiro mostra que há 1 tiroteiro a cada 2 dias na cidade. E em média tem quase 1 pessoa tomando tiro por dia na cidade (150 mortos e 163 feridos = 313 vitimas em um ano de 365 dias). Enquanto isso, começaram a implantar o esquema de aluguel de bicicleta baseadas na de Paris (que eu havia comentado aqui no blog).

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Crise, redução de impostos, Baby P e outras noticias...

Lembrei outro dia que nunca comentei noticias aqui no blog. Às vezes acho que isso tornaria o blog meio jornalístico demais, e eu não sou jornalista. Mas por outro lado acho que algumas noticias são interessantes de se comentar porque revelam um pouco dos costumes, preocupações e problemas específicos do país. Sendo assim, vamos a alguns headlines:


Contra a crise mundial: Redução de impostos

Devido à crise mundial, o governo britânico resolveu comprometer grande parte do orçamento do próximo ano fiscal com medidas pra reduzir ao máximo o impacto da recessão que está batendo à porta. Isso vai aumentas fortemente os gastos do governo e gerar endividamento recorde, fazendo com que o governo só volte a pegar empréstimo somente pra investir lá pra 2015/16 de acordo com previsões do próprio secretário do tesouro. Pro governo, é a coisa correta a se fazer em um momento "extraordinário" como esse. Para a oposição, é uma grande aposta arriscada, um gamble, e todos nós teremos que pagar isso no futuro, com aumento de impostos mais adiante.

Mas o detalhe que queria comentar é que dentre outras coisas, o pacote previu corte do VAT (parecido com o nosso ICMS) de 17.5% para 15% já a partir de 1 de dezembro, para reduzir os preços e estimular o consumo. E não é que agora você dificilmente entra em uma loja sem ver anúncios do tipo "todos os produtos agora com VAT reduzido"! Fiquei impressionado, já que no Brasil a gente sabe que geralmente essas coisas não chegam fácil e diretamente ao consumidor. Agora, se míseros 2.5% de desconto vão fazer diferença mesmo no consumo, aí é outro papo.

Baby P

Baby P (O ' bebê P', logicamente pra não identificar seu nome) é uma das notícias mais comentadas recentemente, tirando a crise mundial. Muito resumidamente, Baby P foi um bebê de 17 meses que morreu vitima de abusos, em um bairro na zona norte de Londres. Tudo indica que os abusos foram cometidos pela mãe e pelo namorado da mãe, o que já seria suficiente para o caso aparecer nos jornais daqui. Mas o que chamou atenção do país foi que a familia já tinha acompanhamento já que fazia parte de programas sociais do governo. O problema portanto foi que Baby P foi visitado mais de 60 vezes por profissionais da área social e da saúde e ninguém identificou que ele estava sendo vítima de abusos. O caso então ganhou importância nacionalmente e isso foi considerado inaceitável. Várias investigações estão sendo feitas e está gerando todo um replanejamento dos programas sociais. Saiba mais Aqui.

Fim do happy hour contra a violência

Com a crise mundial os bares e pubs do país resolveram dar novas promoções e descontos para estimular os clientes. Uma delas é a já conhecida "happy hour", onde você paga uma bebida mas bebe duas.
Por outro lado, estatísticas mostram que 40% dos crimes de violência do país estão relacionados à bebida alcoólica.
Sendo assim, o governo do Sr. Brown está considerando que bebida mais barata nos bares (e mesmo nos supermercados) é inaceitável - dizendo até que é uma atitude irresponsável por parte dos bares - e está estudando várias medidas, incluindo proibir a happy hour nos pubs. Algumas medidas já foram colocadas em prática, como aumentar a multa pra quem for pego por estar doidão e desordeiro na rua (de 500 para 2500 libras). Vai dar muito o que falar ainda...

O caso Jonathan Ross e Russell Brand

Esse já é um caso um pouco mais velho (mais de um mês), mas merece comentário. Jonathan Ross é um apresentador de talk show tipo Jô Soares, Jay Leno, Letterman... Com a diferença de que o programa dele só existe 1 vez por semana. Russell Brand é um apresentador/comediante/colunista do qual conheço pouco, mas é uma figura conhecida (cara de maluco por sinal!).
Acontece que Russell Brand tinha também um programa de rádio na BBC, e convidou o Jonathan Ross como convidado especial. Neste programa, eles ligaram para um ator (Andrew Sachs), basicamente pra entrevistá-lo e brincar com ele. Mas o ator não estava em casa e eles resolveram deixar recado. Aí que erraram na dose: deixaram recado fazendo palhaçada, falando algumas besteiras (principalmente relacionadas à neta do ator, que é uma celebridade conhecida também). Durante o próprio programa eles viram que foi meio exagerado e ligaram de novo, deixaram outro recado se desculpando e tal... tudo isso em tom de brincadeira.
Mas não é que a coisa saiu de controle? Milhares ouvintes mandaram mensagens para a BBC reclamando que tudo foi de mau gosto e a coisa começou a escalar. Resultado: os programas na BBC de ambos (Jonathan e Russell) foram suspensos, Russell acabou pedindo demissão e 2 executivos da BBC - que deram o OK pra que o programa fosse transmitido na rádio - foram mandados embora também. Daí que fiquei curioso e fui lá ouvir o tal "trote". Sinceramente, não achei nada de mais pra gerar esse problema todo. Fiquei pensando depois nas maluquices do Casseta & Planeta e do Pânico e putz, achei que seria mais ou menos o mesmo nível. E também acho que isso só aconteceu porque era na BBC, porque se fosse em outra TV comercial daqui mesmo, acho que nada aconteceria. Pra quem não sabe, a BBC é do governo e é mantida com impostos. Aliás, um imposto muito específico: o TV Licence, que todo o mundo que tem TV aqui tem que pagar anualmente. Ou seja, foi o clássico caso de os verdadeiros donos (a população) meterem o nariz na programação.

Enfim, interessante... Só que enquanto isso, sinto falta do programa de entrevistas do Ross, que eu não via sempre mas é até bem legal!

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